A Constituição da República Federativa Brasileira foi promulgada e publicada, em 05 de outubro de 1988, tornando-se conhecida como “Constituição Cidadã”, por causa do apelido que o deputado Ulysses Guimarães lhe atribuiu.
A Constituição brasileira instituiu um Estado Democrático de Direito, onde o governo é limitado por leis e vigora uma democracia, um regime do povo. Além disso, manteve-se uma República Federativa, com o presidencialismo, como sistema de governo.
O Federalismo foi fortalecido, conferindo-se maior autonomia aos Estados, Distrito Federal e Municípios, além de fortalecer-se também a República, ao se atribuir responsabilidade aos mandatos dos governantes, assim como garantias inerentes ao exercício da função.
O presidencialismo modificou sua feitura, ao passo em que a figura política passou a ser eleita pelo voto popular, num caráter mais democrático. Adotou-se o sufrágio universal, direto e secreto, num sistema eleitoral onde os analfabetos votam e os jovens entre 16 (dezesseis) e 18 (dezoito) anos possuem a faculdade de votar, com relação à participação política dos cidadãos.
No sistema eleitoral, adotou-se o pluripartidarismo. Importa lembrar que se criaram com a Constituição de 1988 ferramentas como o Habeas Data, o Mandado de Injunção e o Mandado de Segurança Coletivo.
A atual Constituição preocupa-se tanto com aspectos sociais e culturais, como econômicos e financeiros, além de políticos. A Carta Máxima procura defender o direito à saúde e educação, sendo importante ponto de partida à sua concretização na realidade, uma vez que previstos no Texto Supremo. Além disso, garante a livre concorrência e a livre iniciativa, essenciais para o bom funcionamento da economia e do mercado, prevendo-se ainda a proteção contra o monopólio e a concorrência desleal.
Tendo visto algumas características da Constituição de 1988, tiramos alguns pontos elementares: - O Brasil é um Estado Democrático de Direito e os interesses do povo devem prevalecer, em primeiro lugar. - O Brasil é uma República e como tal deve haver alternância no poder, para que este não se concentre nas mãos de poucos. - Como uma República, no Brasil, os governantes podem ser responsabilizados por suas condutas e atos, principalmente, em se tratando de comprovados casos e escândalos de corrupção e fraudes.